Compositor: Lucio Dalla / Paola Pallottino
Dizem que era um belo homem e vinha
vinha do mar,
falava uma outra língua
porem sabia amar.
E naquele dia ele possuiu a minha mãe
sobre um belo prado
a hora mais doce antes de ser morto.
Assim ela ficou sozinha no quarto,
o quarto no porto,
com o único vestido a cada dia mais curto.
E apesar de não conhecer o nome
e nem o país,
me esperou como um dom de amor desde o primeiro mês.
Fazia dezesseis anos naquele dia a minha mãe,
as estrofes de taverna
as cantou como nana-nenê.
E apertando-me ao peito que sabia,
sabia de mar,
brincava de fazer a dona com o nenê para enfaixar.
E quiçá foi por brincadeira, o talvez por amor,
que quis me chamar como Nosso Senhor.
Da sua breve vida, é a maior lembrança
está toda nesse nome
que eu carrego comigo.
E ainda hoje que brinco com cartas
e bebo vinho,
para gente do porto
me chamo menino Jesus.
E ainda hoje que brinco com cartas
e bebo vinho,
para gente do porto
me chamo menino Jesus.
E ainda hoje que brinco com cartas
e bebo vinho,
para gente do porto
me chamo menino Jesus.